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tristeza, dor, arrependimento, medo, solidão.
As finjo que sou plena, e me vejo de uma
maneira que nem sei se existe.
Feliz toda hora, sorrindo o tempo todo, segura
sem nenhum desequilíbrio.
Mais eu sei que não é real, não existe plenitude,
pelo menos não em tudo, nem tudo é completo,
cheio, inteiro, somos feitos de pedaços, e a vida
não é diferente.
Muitas vezes eu cato os meus pedaços e saio
juntando , remendando pra ver o que vai dar.
Tem dias que não gosto e não adianta mudar
porque diferente não vai ficar.
Bom mesmo é quando não preciso demonstrar
nada, quando sou eu mesma em todas as horas,
feia, bonita, triste , alegre, fraca, forte, equilibrada ,
desequilibrada, cheia ou vazia, mas sempre Eu
aquela que é capaz de se olhar no espelho apontar
o dedo e os próprios defeitos exibir.
Aquela que quando erra, a consciência pesa e logo
tem a humildade de desculpas pedir. Sou inteira e ao
mesmo tempo me divido em mil pedaços, sempre que
que for preciso pra melhor eu me sentir, o que for bom,
eu guardo com muito cuidado, o que for ruim descarto,
encontro algo pra substituir, mesmo que seja em mim.
Avanny Arruda
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