terça-feira, 11 de setembro de 2018

Ana Jácomo

10 de Setembro 2018



Quem dera eu aprendesse a viver cada dia
como se fosse o último.
O último para esquecer tolices.
O último para ignorar o que, no fim de contas, não
tem a menor importância.
O último para rir até o coração dançar.
O último para chorar toda dor que não transbordou
e virou nódoa no tecido da vida.
O último para deixar o coração aprontar todas as
artes que quiser.
O último para ser útil em toda circunstâncias que me
for possível.
O último para não deixar o tempo escoar
inutilmente entre os dedos as horas.
Ana Jácomo



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